Durante a pandemia de Covid-19, um empresário se recusou a usar máscara ao entrar em um supermercado, o que gerou uma discussão com o segurança do estabelecimento. Em um momento de conflito, o segurança disparou duas vezes, atingindo o empresário de raspão e matando uma funcionária do local. A vítima, de 45 anos, foi fatalmente atingida no incidente, que ocorreu em 2020, quando o uso de máscara era obrigatório por decreto estadual.
A Justiça absolveu o empresário, considerando que ele não tinha a capacidade de compreender a natureza de suas ações devido a uma doença mental diagnosticada, a Doença de Huntington. Segundo o laudo médico, a condição neurológica do empresário causava alterações de comportamento e dificuldades de controle dos impulsos. A decisão incluiu a imposição de medidas cautelares, como acompanhamento psiquiátrico e monitoramento por familiares ou cuidadores.
O advogado da defesa afirmou que o empresário não foi responsável pelo disparo, pois a arma foi usada pelo segurança em legítima defesa. No entanto, a família da vítima e o Ministério Público expressaram discordância, sugerindo que a pessoa em questão deveria ser mantida em um ambiente seguro devido ao risco que sua condição mental representava à sociedade. O caso gerou discussões sobre o tratamento de indivíduos com problemas psiquiátricos em situações de violência.