O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, participou de uma cerimônia simbólica de transferência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nesta terça-feira (11). Durante seu discurso, Barroso destacou que, embora o Judiciário no Brasil arrecade um pouco mais da metade do que custa, há um potencial de melhorar essa arrecadação. Ele afirmou que, caso todos os processos em tramitação fossem cobrados, o Judiciário não teria custos adicionais para a sociedade brasileira, pois a receita compensaria as despesas.
Barroso também mencionou que uma das razões para a arrecadação não ser maior é a grande quantidade de processos que tramita com gratuidade de justiça, o que beneficia a parcela mais pobre da população. Além disso, ele ressaltou o papel do Judiciário em subsidiar o acesso ao sistema judicial, incluindo o apoio a entes públicos. O presidente afirmou que, apesar dos desafios financeiros, a atuação do Judiciário é essencial para garantir a justiça e a participação de todos no sistema legal.
O evento também marcou a mudança do CNJ para sua própria sede, um espaço que, até então, era alugado. Barroso comentou que o órgão economizará cerca de R$ 13 milhões ao ano com a nova sede, que foi adquirida com recursos de outros tribunais e aprovada pelo Congresso. O presidente fez uma brincadeira sobre as origens humildes do CNJ, comparando o novo local à sua antiga acomodação, reforçando o objetivo de trazer mais eficiência ao funcionamento do órgão.