Alicia Dudy Muller Veiga, condenada por desviar recursos arrecadados para a festa de formatura de sua turma de Medicina na Universidade de São Paulo (USP), obteve o registro profissional como médica no Conselho Federal de Medicina (CFM). A condenação, que ocorreu em julho de 2024, resultou em uma pena de cinco anos de prisão em regime semiaberto, além da obrigação de indenizar as vítimas do crime. Embora tenha negado a acusação de estelionato, Alicia foi responsabilizada por transferir R$ 927 mil de forma ilegal, utilizando o montante para fins pessoais, como a compra de bens de luxo e aluguel de serviços.
Em paralelo, a jovem é investigada por outro possível crime de estelionato relacionado a uma lotérica, no qual teria gasto grandes somas de dinheiro em apostas, alegadamente utilizando os recursos desviados da comissão de formatura. A Polícia Civil acredita que o montante investido nas apostas pertenceu à comissão, mas o caso ainda não foi julgado. A defesa de Alicia argumenta que ela é inocente e que os recursos de sua conta bancária seriam provenientes de fontes legítimas, destacando que a jovem apresenta provas que corroborariam sua versão dos fatos.
Apesar da gravidade das acusações, Alicia foi registrada no CFM como médica desde 26 de dezembro de 2024, sem nenhuma especialidade atribuída. A entidade informou que seu registro encontra-se regular, mas o questionamento sobre o cumprimento de sua pena ainda aguarda uma resposta das autoridades. A situação tem gerado controvérsias, especialmente considerando que ela permanece registrada como profissional da saúde enquanto enfrenta investigações por crimes financeiros.