Alicia Dudy Muller Veiga, condenada a cinco anos de prisão por desviar dinheiro destinado à festa de formatura de sua turma de Medicina na Universidade de São Paulo (USP), conseguiu realizar o registro profissional como médica no Conselho Federal de Medicina (CFM). Sua inscrição foi oficializada em 26 de dezembro de 2024, e o registro aparece como regular, sem especialidade definida. A defesa de Alicia, em nota, pediu que ela não fosse alvo de linchamento público contínuo, destacando o direito ao esquecimento e a importância da reintegração social.
A jovem foi acusada de desviar cerca de R$ 927 mil destinados à formatura, sendo condenada por estelionato e recebendo pena de cinco anos em regime semiaberto. Além disso, ela é investigada em outro caso por suspeita de lavagem de dinheiro e estelionato relacionado a apostas em uma casa lotérica, em que ela teria utilizado o dinheiro da comissão de formatura. As acusações apontam que Alicia usou os valores para fins pessoais, incluindo compras e apostas, e tentou, sem sucesso, recuperar o valor perdido.
O caso teve início em 2023, quando colegas de turma denunciaram o desvio de recursos. A investigação revelou que Alicia, enquanto presidente da comissão de formatura, realizou transferências ilegais dos fundos para sua conta pessoal em diversas ocasiões. Em depoimentos, ela admitiu o uso do dinheiro para gastos pessoais e jogos de azar, mas negou a acusação de estelionato, alegando ser vítima de um golpe. A defesa da jovem recorreu da condenação, alegando falta de provas e cerceamento de defesa.