José Boto, atual diretor de futebol do Flamengo, compartilhou em entrevista ao programa “Esportes S/A” sobre sua experiência em clubes como Benfica e Shakhtar Donetsk, destacando sua preferência por trabalhar com jogadores brasileiros e sua principal característica de revelar jovens talentos. Ele afirmou que, no Shakhtar, sua missão era renovar o elenco, e isso foi facilitado pela forte relação do clube com o futebol brasileiro, o que permitiu ao time recrutar jogadores promissores, como Fernandinho e Willian, muitos dos quais alcançaram sucesso no futebol europeu.
Boto também destacou a importância de não focar na idade, mas sim na qualidade do jogador. Segundo ele, tanto atletas mais velhos quanto jovens podem apresentar grande potencial. Ele lembrou de exemplos como David Luiz e Di María, que eram pouco conhecidos quando chegaram ao Benfica, mas que, devido à confiança dos treinadores e à sua qualidade, tiveram carreiras de sucesso. Ele acredita que esse enfoque também será importante no Flamengo, onde pretende apostar em jovens talentos para fortalecer a equipe.
Além disso, Boto criticou a forma como o futebol brasileiro trata jogadores mais jovens, questionando por que muitos deles não recebem as oportunidades que merecem nos clubes locais, apesar de demonstrar qualidade para atuar em grandes competições, como a Champions League. Ele citou o Shakhtar, que conseguiu superar equipes como Real Madrid e Inter de Milão com jogadores jovens, muitos dos quais ainda não tinham minutos de jogo na Série A do Campeonato Brasileiro.