O jornalista e cronista Raymundo Mário Sobral faleceu nesta quarta-feira (12), aos 86 anos, deixando um legado marcante no jornalismo e na cultura do Pará. Sobral era reconhecido por seu humor único e por seu profundo conhecimento das tradições locais. Atuava como colunista do Diário do Pará, onde assinava seus textos com o título de Comendador, e sua escrita irreverente conquistou diversas gerações de leitores.
Ao longo de sua carreira, Sobral se destacou por sua produção literária e jornalística, sendo autor de 13 livros, incluindo o Dicionário Papa Chibé, uma obra que se tornou referência ao compilar gírias e expressões típicas do Pará. Em 1979, fundou o PQP – Um Jornal pra Quem Pode, um tablóide que inovou no cenário jornalístico local com sua abordagem irreverente. Além disso, foi membro da Academia Paraense de Letras (APL) e continuava ativo na mídia com sua coluna Jornaleco.
A dedicação de Sobral à cultura paraense e sua forma peculiar de utilizar a linguagem popular do estado encantaram leitores e foram reconhecidas por diversos meios, incluindo uma homenagem da escola de samba Quem São Eles, em 1987, que criou um enredo inspirado em sua obra e figura. A morte de Raymundo Mário Sobral representa uma grande perda para o jornalismo paraense, deixando um legado difícil de ser igualado.