A Johnson & Johnson enfrenta um desafio crucial nesta terça-feira (18) ao tentar que um juiz aprove sua proposta de US$ 10 bilhões para resolver processos envolvendo alegações de que seu talco para bebês causou câncer de ovário e outros problemas de saúde. A companhia busca encerrar ações movidas por mais de 62 mil pessoas, mas já teve duas tentativas rejeitadas anteriormente. Agora, a empresa aposta no apoio obtido de um número significativo de vítimas para convencer a Justiça de que sua estratégia é a melhor solução.
O juiz responsável pelo caso, Christopher Lopez, realizará uma série de audiências até o final de fevereiro para decidir o futuro da proposta da empresa. Entre os temas a serem debatidos estão a validade do apoio das vítimas e a questão de se uma empresa do porte da Johnson & Johnson pode se utilizar da recuperação judicial de uma subsidiária para lidar com processos legais. A empresa argumenta que o acordo proposto oferece uma recuperação mais justa e rápida para as vítimas, evitando um longo processo judicial e incertezas associadas a outros modelos de resolução.
Contudo, a estratégia encontra resistência de opositores, que alegam que a proposta de recuperação judicial forçaria as vítimas a aceitarem compensações menores em comparação com o que poderiam obter em julgamento. Além disso, críticos afirmam que a proposta não deveria ser aplicada a todos os reclamantes, especialmente os que preferem continuar buscando reparações de forma independente nos tribunais. O juiz ouvirá os argumentos de ambos os lados, com o objetivo de decidir se o acordo será aceito ou não.