A temporada de resultados do quarto trimestre de 2024 no Brasil está em andamento, com uma expectativa ligeiramente positiva, destacando-se a aceleração nos resultados de empresas domésticas e financeiras. O Itaú BBA observa que a Selic e a inflação aumentaram em relação ao trimestre anterior, o que contribuiu para um ambiente macroeconômico mais desafiador. O desempenho negativo dos índices de ações é atribuído à piora nas perspectivas fiscais e cambiais, além do aumento das taxas de juros, que alcançaram níveis elevados, impactando negativamente o mercado.
Em relação aos resultados, o Itaú BBA projeta um crescimento de dois dígitos para 2025, embora com o risco de revisões negativas devido à inflação e taxas de juros altas. O setor financeiro sofreu ajustes negativos, enquanto as empresas domésticas enfrentam cortes mais profundos nas projeções de lucro. Além disso, o crescimento de lucros foi mais disperso entre os setores, com destaque para Óleo & Gás, Construtoras e Transporte, enquanto Agronegócio e Siderurgia enfrentam um cenário de menor crescimento.
Por fim, o banco destaca que a preocupação com as estimativas de lucro dos investidores gira em torno do impacto das taxas de juros mais altas, que afetam principalmente os resultados operacionais. Setores como Celulose & Papel, Construtoras e Alimentos & Bebidas registraram revisões positivas, enquanto segmentos como Shoppings e Transporte mostraram um equilíbrio entre revisões positivas de Ebitda e negativas de lucro líquido. As principais recomendações do Itaú BBA incluem empresas como Cyrela, Suzano e JBS.