O governo israelense decidiu manter suas tropas em cinco pontos estratégicos ao longo da fronteira com o Líbano, apesar do término do prazo para retirada estipulado pelo cessar-fogo com o Hezbollah, que se encerra nesta terça-feira (18). O exército israelense justificou essa permanência com a necessidade de proteger suas comunidades, após mais de um ano de conflitos. A presença, segundo o tenente-coronel Nadav Shoshani, é temporária e será transferida para as forças armadas libanesas em breve, embora sem um cronograma definido.
O presidente do Líbano, Joseph Aoun, afirmou que as forças armadas libanesas estão prontas para assumir o controle das áreas, destacando a importância da retirada completa das tropas israelenses. No entanto, ele expressou ceticismo sobre a viabilidade dessa retirada conforme o acordado, dada a situação de desconfiança entre os dois países.
A decisão de Israel de manter suas forças na região gerou tensões adicionais e pode dificultar as negociações sobre a transferência de controle da fronteira. A continuidade dessa presença militar pode agravar ainda mais as relações entre Israel e Líbano, que seguem tensas após o prolongado período de conflitos.