Neste sábado (8), como parte do acordo de cessar-fogo, Israel libertou 183 prisioneiros palestinos, enquanto o Hamas soltou três reféns israelenses. Os prisioneiros palestinos foram recebidos em Jerusalém Oriental, na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Entre os libertados, 18 cumpriam penas de prisão perpétua, 54 tinham penas menores e 111 foram detidos após o ataque de 7 de outubro. Alguns dos prisioneiros libertados precisaram de cuidados médicos devido ao tratamento que sofreram nas prisões israelenses.
A troca de prisioneiros ocorreu com incertezas em relação ao futuro das famílias dos libertados, especialmente em Gaza, onde a ofensiva israelense após o ataque de outubro deixou muitas pessoas em situação precária. Um dos libertados expressou angústia ao perguntar, enquanto estava a caminho de Khan Yunis, se sua família ainda estava viva, evidenciando o sofrimento humano gerado pela guerra. A negociação entre as partes segue tensa, com críticas à implementação do acordo de trégua.
O processo de troca de prisioneiros está vinculado a uma trégua mais ampla, cujas negociações podem entrar em uma segunda fase na próxima semana. A primeira fase do acordo, que teve início em 19 de janeiro, resultou na liberação de 21 reféns israelenses e 765 prisioneiros palestinos, com mais 1.900 prisioneiros palestinos ainda a serem libertados ao longo das negociações. Apesar das tensões, o Hamas afirmou estar pronto para continuar o diálogo e evitar o agravamento do conflito.