Israel adiou a libertação de prisioneiros palestinos neste sábado (22) após o Hamas entregar seis reféns israelenses em Gaza. Segundo fontes israelenses, a decisão final dependerá de uma consulta de segurança liderada pelo primeiro-ministro. O acordo de trégua em vigor previa a soltura de quase 620 palestinos detidos em Israel, muitos deles capturados após os ataques de 7 de outubro de 2023. A maioria dos prisioneiros seria enviada de volta para a Faixa de Gaza.
O atraso ocorre em meio a tensões crescentes após Israel acusar o Hamas de descumprir o cessar-fogo. A situação se agravou quando o governo israelense afirmou que um dos corpos entregues pelo grupo na quinta-feira não era o da refém israelense Shiri Bibas, como anunciado inicialmente, mas o de uma mulher palestina. O corpo de Bibas foi devolvido posteriormente, junto com os de seus dois filhos, cuja morte gerou forte comoção na opinião pública israelense.
Enquanto Israel estuda os próximos passos, a troca de reféns e prisioneiros permanece um ponto delicado das negociações de cessar-fogo. O Hamas negou as acusações sobre a morte das crianças, ampliando a disputa entre as versões apresentadas pelas partes envolvidas. Paralelamente, operações militares continuam ocorrendo em diferentes regiões, aumentando a instabilidade no conflito.