O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou o adiamento da libertação de 602 prisioneiros palestinos, inicialmente prevista para o dia 23 de fevereiro de 2025, como parte de um acordo de cessar-fogo em vigor desde 19 de janeiro. Netanyahu afirmou que o adiamento se deu pela necessidade de garantias sobre a futura entrega de reféns por parte do grupo responsável por mantê-los em cativeiro. A ação de liberação de prisioneiros estava inserida na primeira fase do acordo.
Neste sábado (22), Israel recebeu os últimos seis reféns vivos previstos para essa primeira fase do cessar-fogo. A entrega ocorreu em três momentos distintos, com os reféns sendo transferidos pela Cruz Vermelha, mediadora do processo. O primeiro grupo de reféns foi entregue na cidade de Rafah, ao sul de Gaza, por volta das 5h (horário de Brasília), e os demais ao longo do dia, incluindo em Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza.
Esse processo de entrega de reféns e prisioneiros é uma das etapas mais significativas do acordo entre as partes, que visa um alívio temporário dos combates e a abertura de um caminho para negociações mais amplas. O adiamento da liberação de prisioneiros palestinos, no entanto, indica a complexidade e as tensões em torno da implementação total do cessar-fogo.