O Serviço de Receita Federal dos Estados Unidos (IRS) demitiu 7.000 funcionários em Washington, D.C., e em diversas regiões do país, justo no início da temporada de declarações de impostos de 2025. As demissões fazem parte de uma iniciativa do Departamento de Eficiência Governamental, que visa reduzir o déficit federal em US$ 1 trilhão. Esse movimento gerou confusão entre os funcionários públicos e criou um ambiente propenso a disputas legais futuras.
Apesar das declarações de Charles Rettig, ex-comissário do IRS, de que não haveria grandes impactos nas operações da temporada atual, especialistas indicam que as demissões podem causar interrupções nos serviços. Entre as possíveis consequências estão o atraso no processamento de reembolsos fiscais, dificuldades em responder a chamadas telefônicas e problemas na resolução de questões técnicas durante a temporada de declarações. A incerteza em torno das demissões também levanta preocupações sobre quem, exatamente, foi dispensado, o que dificulta a avaliação precisa do impacto nas operações do IRS.
Além disso, os cortes na equipe do IRS podem prejudicar a coleta de impostos e aumentar o déficit orçamentário. Muitos dos funcionários demitidos estavam envolvidos na fiscalização de impostos, uma área essencial para evitar fraudes fiscais, especialmente entre grandes corporações e indivíduos de alta renda. Especialistas apontam que a falta de recursos e a redução na fiscalização poderão incentivar o não cumprimento das obrigações fiscais. Para se preparar para os possíveis efeitos de longo prazo dessas mudanças, os contribuintes são aconselhados a manter contato constante com contadores e a documentar minuciosamente suas obrigações fiscais.