A prática de ioga, que remonta à Índia antiga, tem ganhado destaque não apenas pelos benefícios físicos, como aumento de força, flexibilidade e resistência, mas também por suas contribuições à saúde mental. Estudos recentes sugerem que a ioga pode ajudar a reduzir os sintomas de doenças como a epilepsia, o diabetes tipo 2, a dor crônica e a esclerose múltipla. Além disso, ela tem mostrado eficácia na reabilitação pós-derrame e na melhora da qualidade de vida de pacientes com esclerose múltipla, e pode ser uma aliada no tratamento de câncer, proporcionando benefícios significativos para o corpo e a mente.
Pesquisas neurológicas indicam que a ioga pode ter efeitos positivos no cérebro, alterando estruturas cerebrais e aumentando o volume de massa cinzenta, o que impacta a memória, a linguagem e a tomada de decisões. Estudo sobre a doença de Alzheimer, por exemplo, aponta que a prática de ioga pode retardar a perda de memória. Além disso, a prática está associada à redução de hormônios de estresse e ao aumento de substâncias químicas que favorecem o bem-estar, como as endorfinas, tornando-se uma alternativa natural para combater problemas como depressão, ansiedade e estresse pós-traumático (TEPT).
Embora os benefícios da ioga para a saúde mental sejam promissores, especialistas alertam que nem todos os tipos de ioga são adequados para quem sofre de traumas, como o TEPT. Algumas modalidades, como a Kundalini ou Hot Yoga, podem ser mais eficazes, mas é importante contar com profissionais treinados para lidar com traumas, garantindo que a prática seja adaptada às necessidades do indivíduo. Em um contexto médico, a iogaterapia tem se mostrado uma ferramenta útil, oferecendo um tratamento complementar a outras terapias convencionais para problemas como o TEPT. Com o crescente interesse e mais pesquisas sendo conduzidas, a ioga se apresenta como uma prática de transformação física e mental, com potencial para melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas.