O cenário atual no Brasil favorece investimentos em renda fixa, com as taxas de juros elevadas e a inflação em aceleração. O Comitê de Política Monetária (Copom) tem elevado a taxa Selic, que deve atingir 15% ao ano até meados de 2025, criando boas perspectivas de retorno para investidores. Nesse contexto, o Tesouro Selic e o Tesouro IPCA+ se destacam como opções atrativas. O Tesouro Selic, por ser pós-fixado, acompanha diretamente as variações da taxa de juros e promete ganhos reais elevados, enquanto o Tesouro IPCA+, com rentabilidade atrelada à inflação, garante a proteção do poder de compra, além de uma taxa fixa interessante, especialmente em tempos de juros altos.
Entretanto, os especialistas alertam para a necessidade de cautela em alguns pontos. A liquidez e o prazo do investimento são fatores cruciais a considerar, já que títulos como o Tesouro IPCA+ podem ser afetados pela marcação a mercado, o que significa que o valor do título pode variar conforme o cenário econômico. Portanto, o momento de resgatar o investimento é determinante para garantir o lucro esperado. Além disso, investimentos em CDBs atrelados ao CDI e produtos isentos de Imposto de Renda, como as Letras de Crédito Imobiliárias (LCIs) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), também podem ser interessantes, mas com riscos semelhantes aos de outros produtos de renda fixa.
Os analistas também recomendam cautela com os títulos prefixados, que oferecem uma rentabilidade fixa, mas podem não ser vantajosos caso a Selic continue subindo. Além disso, o aumento das taxas de juros pode gerar maior endividamento nas empresas que emitem títulos privados, o que representa um risco adicional. A diversificação e o acompanhamento atento das condições de mercado são fundamentais para quem deseja investir com segurança em 2025.