Em janeiro, o investimento estrangeiro direto na China registrou uma queda significativa, caindo para 97,6 bilhões de yuans (US$ 13,4 bilhões), o que representa uma redução de 13% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse enfraquecimento do fluxo de capital ocorre após um declínio de 27,1% no total anual do investimento estrangeiro direto em 2024, o que marcou o menor nível desde 2016. A desaceleração é atribuída a uma recuperação econômica global lenta, tensões geopolíticas crescentes e um clima de protecionismo.
O governo chinês reagiu com um plano de ação para atrair mais investimentos, destacando medidas como a expansão de programas de propriedade estrangeira em setores chave e o aprimoramento de políticas regulatórias. A crise no setor imobiliário, a competição crescente de empresas locais e as mudanças nas estratégias das multinacionais também impactaram negativamente os setores mais afetados, como o automobilístico e o de consumo. Além disso, marcas estrangeiras enfrentam dificuldades devido ao aumento da competitividade interna e ao crescente nacionalismo tecnológico.
A situação econômica da China enfrenta desafios adicionais com o aumento das tensões comerciais com os Estados Unidos, especialmente após a reimposição de tarifas por parte do presidente dos EUA. O crescente sentimento de incerteza política e econômica, aliado a restrições legais, tornou o ambiente de negócios ainda mais desafiador para empresas estrangeiras. Além disso, a pandemia de Covid-19 acelerou a busca por alternativas à China nas cadeias de suprimentos globais, gerando impactos adicionais para o país.