A investigação sobre uma tentativa de golpe de Estado no Brasil teve início com um pedido de acesso à informação sobre o cartão de vacinação do ex-presidente, que revelou inconsistências nas suas declarações públicas sobre a vacinação. Em 2023, a Controladoria-Geral da União (CGU) iniciou uma investigação preliminar, que culminou em uma série de ações da Polícia Federal (PF), incluindo a Operação Venire, que resultou na prisão de uma pessoa próxima ao ex-presidente e na apreensão de seu celular. A partir das evidências encontradas, a PF seguiu com operações adicionais, incluindo investigações relacionadas a joias e o envolvimento de membros militares em um plano para subverter a ordem democrática.
A partir das provas coletadas, como a delação de um dos envolvidos, as investigações apontaram a participação de militares de alta patente em um plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”. Esse plano, que visava um golpe de Estado, levou a novas operações da PF, como a Operação Tempus Veritatis, que mirou diretamente os militares responsáveis. A colaboração de alguns envolvidos, como um ex-assessor, forneceu informações cruciais sobre o financiamento e a logística do golpe, o que ajudou a desvendar a estrutura da tentativa de subversão.
Em fevereiro de 2024, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncia contra 34 indivíduos envolvidos no esquema, com base nas investigações realizadas. Entre os principais desdobramentos, destaca-se a prisão de alguns envolvidos e a continuidade das operações da PF, que revelaram o alcance e a complexidade do plano. A denúncia reflete a extensão do envolvimento de figuras chave nas tentativas de desestabilizar o governo e o processo democrático.