Na última quarta-feira (12), uma mulher de 42 anos foi fatalmente esfaqueada em sua residência pelo ex-companheiro. O caso está sendo investigado como feminicídio e ocorre em meio a acusações de falhas no atendimento policial. A vítima, que havia registrado boletim de ocorrência contra o agressor, relatou em áudios enviados a uma amiga o descaso durante o atendimento na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, questionando a orientação de voltar para a casa onde morava com o agressor. A vítima também mencionou que as informações sobre o histórico do agressor foram tratadas de maneira sigilosa, o que gerou frustração.
A investigação do caso está sendo acompanhada por uma equipe do Ministério das Mulheres, que também destacou falhas no protocolo de segurança. De acordo com o ministério, a vítima não deveria ter retornado à sua residência sem o acompanhamento da Patrulha Maria da Penha. Além disso, a Corregedoria da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul iniciou uma apuração sobre o atendimento prestado, com a intenção de identificar falhas e evitar que casos semelhantes se repitam no futuro.
A morte da jornalista gerou comoção entre colegas de profissão, que realizaram uma homenagem e exigiram melhorias nas políticas públicas de combate à violência contra as mulheres. A família da vítima também se manifestou, pedindo justiça e criticando o atendimento recebido pelas autoridades competentes. O agressor encontra-se preso preventivamente enquanto as investigações seguem em andamento.