O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) afastou mais um magistrado sob suspeita de participação em um esquema que teria permitido a retirada indevida de quase R$ 150 milhões da Eletrobras. A decisão foi tomada pelo corregedor do CNJ, ministro Mauro Campbell, que também determinou o bloqueio do acesso do magistrado aos sistemas do Tribunal de Justiça do Amazonas. Esse afastamento se soma a outros dois já realizados no mesmo caso, envolvendo juízes que atuavam no estado.
A investigação do CNJ apontou que o trâmite processual ocorreu de forma incomumente rápida, levantando dúvidas sobre a regularidade das decisões judiciais. A suspeita é de que documentos autorizados pelos magistrados tenham possibilitado movimentações financeiras indevidas. A atuação da corregedoria busca esclarecer se houve falhas nos procedimentos e se os envolvidos seguiram os protocolos necessários para validar as transações.
A operação conduzida pela Polícia Federal teve como alvos a sede do Tribunal de Justiça do Amazonas, em Manaus, e o Fórum de Presidente Figueiredo. As diligências fazem parte de uma apuração mais ampla sobre a integridade do sistema judiciário local. O caso segue sob análise das autoridades competentes, que avaliam possíveis responsabilidades e eventuais medidas adicionais.