O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e a Polícia Federal deflagraram a Operação Hydra para investigar um esquema de lavagem de dinheiro por meio de fintechs. Segundo as autoridades, essas empresas financeiras facilitavam a ocultação de recursos ao direcionar depósitos para contas de terceiros sem capacidade financeira compatível, dificultando a fiscalização por órgãos de controle. Os valores eram então utilizados para aquisição de bens e transferências para o exterior, integrando dinheiro de origem ilícita à economia formal.
A investigação identificou transações de grande porte envolvendo empresas de fachada e indivíduos sem lastro financeiro, levantando suspeitas sobre a legalidade das operações. Entre os casos analisados, foi detectada a movimentação de milhões de reais por empresas registradas em nomes de pessoas sem vínculo com o setor financeiro, muitas das quais recebiam repasses de outras empresas igualmente suspeitas. Algumas dessas transações tinham conexões com indivíduos e negócios sob investigação por outros crimes financeiros.
As autoridades destacam que o modelo adotado no esquema reflete um padrão comum de ocultação de recursos ilícitos, no qual operadores financeiros distribuem valores entre diversas contas para dificultar o rastreamento da origem do dinheiro. As fintechs investigadas foram associadas a transações com empresas sem atividade comercial identificável, reforçando as suspeitas sobre sua real finalidade. O caso segue em apuração, e os envolvidos ainda podem apresentar suas defesas.