Desde 2016, uma estátua da Virgem Maria em Trevignano, na Itália, atraía peregrinos que acreditavam em fenômenos sobrenaturais, como lágrimas de sangue. A dona da imagem, que organizava as peregrinações, relatava visões de Maria e Jesus. Contudo, uma recente análise genética revelou que o sangue encontrado na estátua pertence à própria Gisella Cardia, a responsável pela imagem. O estudo realizado pela Universidade de Roma Tor Vergata descartou hipóteses de que o líquido seria de porco ou tinta, indicando origem humana.
A situação gerou controvérsia, com a Igreja Católica local proibindo eventos religiosos no local, alegando que não havia respaldo para reconhecer os fenômenos como milagrosos. A decisão foi seguida pelo Vaticano, que também afastou a possibilidade de um milagre. Apesar disso, alguns fiéis continuam a sustentar a crença no fenômeno, questionando o valor das evidências genéticas.
A investigação está sendo conduzida por autoridades legais, com foco em alegações de fraude e enriquecimento ilícito contra a vidente. Ela foi acusada por peregrinos de engano, com pedidos para a devolução de doações. A defesa argumenta que o DNA encontrado poderia ser resultado do contato físico de Cardia com a estátua, e que os resultados finais da perícia, previstos para o fim de fevereiro, serão cruciais para esclarecer a questão.