As operações militares israelenses na Cisjordânia se intensificaram desde a entrada em vigor do cessar-fogo em Gaza, em 19 de janeiro, com um aumento no deslocamento de milhares de palestinos, especialmente de dois campos de refugiados em Tulkarem e Jenin. Estima-se que entre 2.450 e 3.000 famílias tenham sido deslocadas em Tulkarem, com 80% dos residentes forçados a deixar suas casas devido à operação militar Muro de Ferro, iniciada em janeiro. Em Jenin, aproximadamente 3.000 famílias, ou cerca de 15 mil pessoas, também fugiram de suas residências, sendo que a situação de insegurança e a natureza volátil da população dificultam o levantamento de números exatos.
A destruição de prédios na Cisjordânia, incluindo a detonação de explosivos por parte de Israel, tem sido reportada em diversas regiões, com 20 prédios destruídos no último domingo, 2 de fevereiro. A Cisjordânia, que é controlada pela Autoridade Palestina, difere da Faixa de Gaza, onde o Hamas exerce poder. Os campos de refugiados de Tulkarem e Jenin são conhecidos por abrigar combatentes palestinos, o que tem sido um dos principais motivos para os confrontos. A escalada dos conflitos tem causado um número significativo de vítimas, com a Autoridade Palestina reportando 70 mortos na Cisjordânia em 2025 até o momento, enquanto Israel afirmou ter eliminado mais de 50 combatentes.
Desde o início da guerra em Gaza, em outubro de 2023, as operações militares israelenses e os ataques de colonos têm causado um grande número de mortes na Cisjordânia. Aproximadamente 900 pessoas morreram, de acordo com autoridades palestinas, com a maioria das vítimas sendo civis. Do lado israelense, ao menos 32 pessoas, incluindo soldados, perderam a vida em ataques palestinos ou durante as operações militares. A situação segue complexa e em constante evolução, com a população local vivendo sob intensa insegurança e um cenário de destruição crescente.