A inteligência artificial (IA) tem avançado rapidamente em diversos setores da economia, gerando preocupações sobre seu impacto no mercado de trabalho. Embora a tecnologia possa eliminar empregos, especialistas sugerem que o foco deve ser a adaptação das habilidades dos trabalhadores. Durante a Global Labor Market Conference (GLMC), realizada em Riad, discutiu-se a necessidade de políticas públicas que priorizem o treinamento, como o upskilling (aperfeiçoamento de habilidades) e o reskilling (requalificação), para que os trabalhadores se ajustem às novas demandas criadas pela revolução digital.
A conferência trouxe à tona o conceito de “foreverskilling”, que propõe a criação de treinamentos adaptáveis, preparando os profissionais para lidar com futuras mudanças no mercado de trabalho. Apesar das incertezas, alguns especialistas, como o economista James Robinson, destacaram a necessidade de tornar a IA aliada da produtividade humana, em vez de vê-la como uma ameaça. Eles ressaltaram que o ritmo acelerado das transformações tecnológicas é uma preocupação global, com a adaptação das pessoas ao novo cenário sendo vista como uma prioridade.
No entanto, os desafios para a adaptação da força de trabalho são grandes, especialmente em países com menos recursos. A falta de acesso à educação tecnológica foi apontada como um obstáculo significativo em várias economias emergentes. Para enfrentar essas barreiras, é essencial adotar uma abordagem coletiva que envolva governos, empresas e sociedade civil, com políticas inclusivas que garantam que as mudanças beneficiem todos os grupos sociais, sem deixar ninguém para trás.