A capital paraense, Belém, acaba de ganhar um mural coletivo de 25 metros de comprimento, criado por vinte mestres abridores de letras, como parte das comemorações de seus 409 anos. O mural, intitulado “Eu amo a energia de Belém”, foi realizado ao longo de três semanas e reflete a cultura ribeirinha da região, com suas cores vibrantes e representações das paisagens amazônicas. O painel está localizado na Avenida Assis de Vasconcelos, ligando a cidade urbana à sua ancestralidade fluvial.
A iniciativa é uma parceria entre o Instituto Letras que Flutuam e a Equatorial Pará e simboliza o reconhecimento da arte dos mestres ribeirinhos, que preservam e transmitem suas caligrafias coloridas por gerações. O projeto também visa dar visibilidade e dignidade aos artistas que pertencem a esse importante segmento cultural da Amazônia, ao mesmo tempo em que contribui para a valorização da cidade e do patrimônio local. O mural foi pensado para ser um espaço público de celebração e também um ponto de atração turística, destacando a identidade e a força da cidade.
O Instituto Letras que Flutuam, criado em 2024, é pioneiro no Brasil ao focar no resgate e promoção da cultura visual amazônica. A organização realiza atividades de mapeamento, documentação e apoio aos mestres abridores de letras, além de promover ações de inclusão e geração de renda para esses artistas. O mural é apenas uma das ações desse instituto, que também oferece oficinas, palestras e encontros para fortalecer a rede de mestres da região e ampliar o reconhecimento desse saber único.