O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por 60 dias o inquérito que investiga um ex-ministro de Direitos Humanos por um crime de importunação sexual, ocorrido durante o período em que ele ocupava o cargo. A investigação, conduzida pela Polícia Federal (PF), precisa de mais tempo para ser concluída, incluindo a oitiva do acusado, que ainda não prestou depoimento. A testemunha principal no caso foi ouvida em outubro de 2024. O caso segue sob sigilo no STF, que determinou que o processo fosse conduzido pela corte devido ao envolvimento de um membro do governo federal.
A investigação começou em setembro de 2024, após a organização Me Too receber denúncias de mulheres que afirmaram ter sido vítimas de assédio sexual por parte do ex-ministro. O episódio gerou grande repercussão, levando à demissão do acusado pelo presidente da República. Em sua defesa, o ex-ministro negou as acusações e as qualificou como mentiras e difamações.
A conclusão do inquérito dependerá das apurações da Polícia Federal, que poderá, ou não, indiciar o ex-ministro conforme as evidências reunidas. As investigações seguem sendo realizadas com cautela e sob a supervisão do STF, mantendo os detalhes do caso restritos ao público enquanto as diligências continuam.