O dólar encerrou o dia 12 de fevereiro estável, apesar do impacto da inflação nos Estados Unidos, que superou as expectativas. O índice de preços ao consumidor (CPI) de janeiro teve um aumento de 0,5%, o que elevou a inflação acumulada nos últimos 12 meses para 3%. Esse resultado contrariou as previsões de economistas, o que gerou um ajuste nos mercados financeiros, especialmente no Brasil. O Ibovespa registrou queda de 1,69%, enquanto o dólar à vista fechou em R$ 5,7622, com uma leve baixa de 0,10%. O desempenho da moeda norte-americana no acumulado de 2025 segue uma tendência de queda frente ao real.
O aumento da inflação nos EUA influenciou diretamente as perspectivas sobre a política monetária do Federal Reserve (Fed), restringindo a expectativa de novos cortes na taxa de juros. Isso ajudou a sustentar os rendimentos dos Treasuries e o dólar. No Brasil, o mercado de câmbio respondeu com certa volatilidade, e o dólar atingiu sua cotação máxima do pregão pouco após o anúncio dos dados. Além disso, o fluxo cambial do Brasil continuou negativo, com saídas de US$ 541 milhões pela via comercial. A fala do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, sobre a política monetária cautelosa também repercutiu no mercado, mas com menor impacto.
O desempenho das ações de algumas empresas também chamou atenção, como Carrefour Brasil, que teve alta de 2,68%, após anúncios sobre planos de deslistagem da companhia. Em contrapartida, ações de empresas como Hapvida, Vivara e Bradesco apresentaram perdas significativas, impactadas por ajustes nos preços e mudanças nas perspectivas de mercado. A queda do preço do petróleo e a variação do minério de ferro também influenciaram os preços das ações de Petrobras e Vale, respectivamente. O cenário financeiro segue marcado por incertezas, com destaque para os impactos globais da inflação americana e sua repercussão nas economias emergentes, como o Brasil.