Apesar do aumento nos gastos das famílias com alimentos e transportes, a inflação oficial no Brasil apresentou uma desaceleração no início de 2025. Em janeiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma alta de 0,16%, significativamente inferior aos 0,52% de dezembro de 2024. Esse alívio foi temporário, principalmente devido à inclusão do bônus de Itaipu, que resultou em uma redução no custo da energia elétrica. A queda nos preços da energia foi de 14,21%, impactando positivamente o índice.
No entanto, o cenário ainda apresenta desafios, já que, no acumulado dos últimos 12 meses, a inflação está em 4,56%, superando o limite da meta do Banco Central. O impacto da energia elétrica foi um dos principais fatores para a desaceleração da inflação, representando uma contribuição negativa de 0,55 ponto porcentual no índice geral. Outros grupos de despesas, como habitação, artigos de residência, vestuário e comunicação, também apresentaram deflação em janeiro.
Embora a energia tenha apresentado uma queda significativa, os custos com transportes e alimentos continuaram em alta. Os gastos com transportes subiram 1,3%, impulsionados especialmente pelo aumento das passagens aéreas. Os preços dos alimentos, por sua vez, subiram pelo quinto mês consecutivo, com exceção das carnes, que apresentaram uma leve trégua, com aumento de apenas 0,36%. A inflação em 2025 reflete uma economia pressionada por custos elevados, mesmo com a desaceleração em alguns setores.