A inflação do Brasil, medida pelo IPCA, apresentou uma desaceleração significativa em janeiro, passando de 0,52% em dezembro para 0,16%. Essa foi a menor taxa para o mês de janeiro desde a criação do Plano Real, em 1994, superando o recorde anterior de 0,21% registrado em janeiro de 2020. No acumulado de 12 meses, a inflação recuou de 4,83% para 4,56%. Apesar dessa desaceleração, a inflação de janeiro foi impactada principalmente pelo aumento nos preços dos transportes e combustíveis, que juntos influenciaram em grande parte o índice.
Os transportes, como as passagens aéreas, ônibus urbanos e táxis, apresentaram aumentos significativos, refletindo um impacto de 0,27 ponto percentual no IPCA de janeiro. Além disso, o grupo de alimentação e bebidas registrou um aumento contínuo, com destaque para a alta de itens como cenoura, tomate e café moído. A inflação no setor de combustíveis também apresentou um acréscimo, com destaque para o etanol e o óleo diesel, indicando pressão sobre os preços do setor.
A meta de inflação para o Brasil, estabelecida em 3% desde 2024, continua sendo um desafio, especialmente após o aumento da inflação no ano anterior, que ficou em 4,83%. O Banco Central adotou novas regras para o cumprimento da meta, exigindo relatórios trimestrais detalhados sobre as causas e as medidas para garantir a manutenção da inflação dentro dos limites previstos. Apesar de ajustes nas taxas de juros, a expectativa é que a inflação de 2024 fique acima do teto da meta, com projeções que indicam um possível aumento da Selic nos próximos meses.