O índice de preços ao consumidor (CPI) da China registrou um aumento de 0,5% em janeiro de 2025 em comparação com o mesmo mês de 2024, superando as expectativas de analistas, que previam uma alta de 0,4%. Na comparação mensal com dezembro de 2024, o índice subiu 0,7%. Os preços dos alimentos aumentaram 0,4%, após uma queda de 0,5% no mês anterior, enquanto os produtos não alimentícios apresentaram uma aceleração no crescimento, com alta de 0,5%, comparado aos 0,2% registrados em dezembro.
O núcleo do CPI, que exclui alimentos e energia, subiu 0,6% em janeiro, o que representa uma aceleração em relação ao aumento de 0,4% observado no mês anterior. Esse indicador tem sido monitorado pelos economistas como uma referência para a demanda interna, e a alta contínua por quatro meses sugere uma possível recuperação econômica impulsionada por medidas de estímulo do governo. Entre os itens que mais contribuíram para o aumento geral do CPI, destacam-se a carne suína, que teve um aumento de 13,8% ao ano, ingressos para cinema e espetáculos com alta de 11,0%, e passagens aéreas, que subiram 8,9%.
Enquanto a inflação ao consumidor mostrou sinais de aceleração, o índice de preços ao produtor (PPI) continuou em deflação, caindo 2,3% em relação ao ano anterior, mantendo a mesma taxa observada em dezembro. O PPI está em um ciclo de deflação há mais de dois anos, o que indica uma desaceleração nos custos de produção, contrastando com o comportamento do CPI. Esses dados refletem diferentes dinâmicas nos preços ao consumidor e no setor produtivo da economia chinesa.