A inflação da China registrou um aumento de 0,5% em janeiro em comparação com o mesmo mês do ano anterior, marcando o maior índice em cinco meses, de acordo com dados do Escritório Nacional de Estatísticas (NBS). Frente a dezembro de 2024, a alta foi de 0,7%. O setor alimentício foi um dos principais responsáveis pela elevação, com destaque para a carne suína, que subiu 13,8% em relação ao ano anterior. Além disso, o aumento no setor de serviços foi de 1,1%, impulsionado por viagens (+7,0%) e serviços familiares (+4,7%).
Apesar da aceleração da inflação, o índice de preços ao produtor registrou uma queda de 2,3% em janeiro, marcando o 28º mês consecutivo de deflação. Isso reflete o excesso de oferta de bens industriais e a demanda enfraquecida, mesmo com os esforços do governo chinês para estimular a economia. Essa deflação dos preços ao produtor também é atribuída, em parte, aos impactos das tarifas impostas pelos Estados Unidos.
Essa disparidade entre a inflação ao consumidor e a deflação dos preços ao produtor sugere uma economia em recuperação, mas com desafios persistentes relacionados ao setor industrial. O governo chinês continua buscando maneiras de impulsionar a demanda interna e reduzir o impacto das tarifas internacionais, enquanto lida com um cenário de crescimento econômico moderado.