A inflação de alimentos em 2025 deve seguir abaixo do nível registrado em 2024, quando os preços subiram 7,7%, mas ainda impactará o bolso dos brasileiros. Economistas esperam uma desaceleração nos preços, com a inflação projetada para este ano variando entre 6% e 7%. A expectativa de uma boa safra de grãos, especialmente soja, e a queda do dólar devem colaborar para amenizar o aumento dos preços, que já começaram a mostrar sinais de alívio, como a diminuição nos valores de óleo de soja e leite longa vida.
No entanto, alguns produtos continuarão com preços elevados devido a fatores climáticos e econômicos. O preço da carne, embora tenha desacelerado, ainda deve apresentar altas devido à alta demanda externa e à redução de abates no Brasil. O café e a laranja também seguirão com preços altos, impactados por condições climáticas adversas, como secas e geadas, que afetam diretamente a produção dessas commodities. A laranja, por exemplo, enfrenta dificuldades devido a doenças nas plantações e a alta demanda por suco no mercado internacional.
Apesar da desaceleração da inflação de alimentos, a recuperação não será sentida igualmente por todas as camadas da população. Famílias de baixa renda, que já enfrentaram aumentos acima da média da inflação, continuarão a sofrer com a alta dos preços. A recuperação dos preços de alimentos dependerá, portanto, de uma combinação de fatores, como as boas colheitas e a estabilidade cambial, mas sem um impacto imediato e significativo no poder de compra das faixas mais vulneráveis da sociedade.