O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a inflação entre 4% e 5% está dentro da normalidade histórica do Brasil, desde a implementação do Plano Real há 30 anos. Durante sua participação em um evento do Fundo Monetário Internacional (FMI) na Arábia Saudita, Haddad ressaltou que o país vem fazendo esforços para alcançar um equilíbrio econômico sustentável, apesar de ainda estar em fase de ajustes fiscais. Ele destacou que o Brasil deixou a inflação de dois dígitos para trás, com índices atuais considerados controláveis para a economia.
Em relação à inflação de 2024, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 4,83%, acima da meta estipulada pelo governo, que é de 3%, com margem de tolerância de 1,5%. Um dos fatores que influenciaram esse repique inflacionário foi o aumento do dólar no final de 2024, que pressionou os preços e levou o Banco Central a intervir com elevações nas taxas de juros. No entanto, Haddad afirmou que a moeda norte-americana já retornou a níveis mais adequados, o que pode ajudar a controlar a inflação nos próximos meses.
O ministro também indicou que os ajustes fiscais implementados pelo governo não são recessivos e devem permitir um crescimento econômico de 3% a 4% neste ano, com uma inflação em trajetória de queda. A Selic, taxa básica de juros, atualmente está em 13,25% ao ano, e o Banco Central deve continuar monitorando os indicadores econômicos para ajustar as taxas de juros conforme necessário, visando manter a inflação sob controle.