A inflação ao consumidor da China acelerou em janeiro para seu maior nível em cinco meses, registrando um aumento de 0,5% em comparação com o mesmo mês do ano anterior, superando a expectativa de 0,4%. Esse aumento é atribuído ao impacto sazonal do Ano Novo Lunar, que provocou um crescimento nos preços, especialmente dos alimentos. No entanto, o índice de preços ao consumidor apresentou uma alta mais modesta de 0,7% em termos mensais, abaixo da previsão de 0,8%.
Enquanto isso, os preços ao produtor continuam a registrar deflação, com uma queda de 2,3% em janeiro, mantendo-se em território negativo por 28 meses consecutivos. Essa deflação reflete uma fraqueza persistente na atividade industrial e um excesso de capacidade nos produtos industriais, o que pode impedir uma recuperação nos preços no curto prazo. Analistas indicam que as pressões deflacionárias devem continuar a dominar, a menos que o governo chinês consiga estimular a demanda interna, o que se torna ainda mais desafiador devido às tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos.
Especialistas alertam que, mesmo com o aumento gradual dos preços ao consumidor, a recuperação dos preços ao produtor ainda está distante. O economista Xu Tianchen destacou que, para sair da deflação, será necessário mais tempo, especialmente se a demanda interna não for impulsionada. O cenário permanece desafiador, com um panorama de crescimento econômico lento e a necessidade de políticas eficazes para equilibrar as pressões inflacionárias e deflacionárias no país.