A Confederação Nacional da Indústria (CNI) expressou grande preocupação com as tarifas de 25% sobre aço e alumínio anunciadas pelo governo de Donald Trump. Em seu posicionamento oficial, a CNI destacou a importância das exportações industriais para o crescimento econômico do Brasil e a competitividade do país. A medida, que afeta diretamente a indústria brasileira, gerou apreensão devido ao impacto nas exportações de produtos siderúrgicos, com o Brasil sendo um dos maiores fornecedores desses itens para os Estados Unidos.
A CNI também se manifestou contra uma possível retaliação, que poderia elevar o custo das importações de insumos dos EUA para o Brasil. A entidade anunciou que, juntamente com o governo brasileiro, buscará alternativas para reverter a decisão, destacando que a principal preocupação deve ser o diálogo, evitando medidas que prejudiquem outros setores da economia. Além disso, o presidente da CNI, Ricardo Alban, enfatizou que a indústria brasileira não representa uma ameaça comercial para os Estados Unidos, dada a balança comercial superavitária de ambos os países.
A CNI também se alinhou à preocupação da Associação Brasileira do Alumínio (Abal) em relação aos efeitos indiretos das barreiras comerciais. Produtos de outros países que perderem acesso ao mercado americano podem ser desviados para destinos como o Brasil, com preços desleais, prejudicando ainda mais a competitividade. A CNI reiterou que a melhor alternativa continua sendo o diálogo, para evitar impactos negativos tanto para a indústria brasileira quanto para a americana.