No dia 17 de fevereiro, indígenas da etnia Kapinawá ocuparam o prédio da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe), na Zona Norte do Recife, em protesto contra a instalação de parques eólicos no estado. Os manifestantes denunciam impactos negativos como remoções forçadas de famílias, danos à saúde e problemas ambientais gerados pela proximidade das torres eólicas às residências. Segundo eles, moradores têm sofrido com doenças auditivas, insônia e ansiedade devido ao funcionamento das turbinas.
O protesto é liderado por famílias agricultoras do Agreste pernambucano, principalmente das cidades de Saloá, Buíque e Pedra, que se sentem prejudicadas pelos empreendimentos. Além dos agricultores, estudantes universitários e organizações sociais também apoiam a mobilização. A principal reivindicação dos manifestantes é que as autoridades parem com as remoções e regularizem os contratos abusivos relacionados aos projetos eólicos.
O cacique Robério, da tribo Kapinawá, afirmou que ao menos três aldeias podem desaparecer com a instalação das torres, e ressaltou a necessidade de uma demarcação de terras mais eficiente para garantir a preservação das comunidades indígenas. Até a última atualização, o governo estadual não havia respondido oficialmente às preocupações dos manifestantes.