O Índice de Progresso Social (IPS), criado pelo professor Michael Porter da Universidade de Harvard, avalia a qualidade de vida nas cidades brasileiras a partir de indicadores sociais e ambientais. O estudo revelou que muitas das cidades com menor índice estão localizadas em regiões remotas da Amazônia e da Região Norte, onde a infraestrutura básica é precária e a economia é predominantemente rural ou baseada na subsistência. A falta de acesso a serviços essenciais como saúde, educação e saneamento é um fator comum nas áreas mais isoladas.
Dentre as piores cidades do Brasil em termos de desenvolvimento, Uiramutã (RR) se destaca como a de menor índice, enfrentando desafios como isolamento geográfico e uma economia dependente da subsistência. Outras cidades como Alto Alegre e Trairão, ambas em Roraima e Pará, também enfrentam grandes dificuldades devido a problemas de infraestrutura, desmatamento e baixa diversificação econômica. Em comum, essas cidades apresentam altos índices de violência, falta de acesso a serviços públicos essenciais e baixa qualidade de vida para a população.
O estudo destaca ainda as dificuldades logísticas de cidades como Feijó (AC), Pauini (AM) e Bonfim (RR), que enfrentam desafios de transporte e acesso a mercados. O crescimento econômico é restrito, com a economia local sendo centrada em atividades primárias, como a agricultura e a pecuária. A pesquisa ressalta a importância de um planejamento estratégico para promover o desenvolvimento sustentável e a melhoria das condições de vida nas regiões mais afetadas, visando uma maior integração econômica e social com o restante do país.