Um incêndio ocorrido na manhã de quinta-feira (13) na confecção de roupas Maximus, no bairro de Ramos, zona norte do Rio de Janeiro, deixou ao menos 21 vítimas, das quais algumas estão em estado grave devido a queimaduras nas vias aéreas. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil interviram no local, e a fábrica foi interditada por não possuir o certificado de aprovação dos bombeiros, que comprova a adequação à legislação estadual contra incêndios. A concessionária Light também realiza perícia na rede elétrica, enquanto a Polícia Civil investiga possíveis ligações clandestinas de energia no imóvel.
Além dos danos materiais e à saúde das vítimas, o incêndio afetou diretamente a produção de fantasias para o carnaval, especialmente para escolas da Série Ouro, como Império Serrano, Unidos da Ponte e Unidos de Bangu. A Liga-RJ decidiu que essas escolas não serão avaliadas durante o carnaval deste ano, o que evita seu rebaixamento para a Série Prata. Em resposta à tragédia, o governo estadual aumentou o repasse de recursos para essas escolas, de R$ 10 milhões para R$ 16 milhões, visando minimizar os impactos no desfile.
A situação gerou um grande prejuízo para as escolas de samba que dependem da produção local de fantasias, especialmente em um momento tão próximo ao carnaval. O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, expressou solidariedade e afirmou que as autoridades irão trabalhar para amenizar as consequências desse acidente, ressaltando a importância do carnaval para a identidade cultural da cidade.