Um incêndio em uma casa no Território Quilombola Rio Preto, em Lagoa do Tocantins, levantou preocupações sobre possíveis conflitos fundiários. De acordo com os moradores, o fogo ocorreu após a remoção de uma cerca que restringia o acesso da comunidade a um rio, em uma área de disputa. A Secretaria da Segurança Pública informou que investigações estão sendo conduzidas pela Polícia Civil para apurar o caso, enquanto a Secretaria dos Povos Originários do Estado do Tocantins manifestou repúdio ao ocorrido e está tomando medidas para proteger a comunidade.
A comunidade quilombola já enfrenta outros episódios de violência, como a destruição de lavouras e incêndios em outras residências, sem que haja punição para os responsáveis. Em fevereiro, representantes de órgãos estaduais e federais realizaram uma força-tarefa para discutir segurança e acompanhar a situação local. A violência, segundo autoridades estaduais, teria se intensificado após o reconhecimento oficial do quilombo em 2023, o que pode ter agravado os conflitos fundiários na região.
As investigações continuam, com a Secretaria da Segurança Pública do Tocantins afirmando que, caso se confirme a suspeita de conflito fundiário, o caso será encaminhado à Polícia Federal. As autoridades estaduais estão comprometidas em garantir a segurança da comunidade quilombola e responsabilizar os envolvidos em quaisquer atos de violência. A situação destaca a necessidade urgente de ações para assegurar os direitos dos povos originários e quilombolas no Estado.