Mais de um mês após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek, que liga os estados do Maranhão e Tocantins, foi realizada uma operação de implosão no último domingo (2). A ação, coordenada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), visou remover a estrutura remanescente da ponte, utilizando a técnica de fogo controlado, que utiliza calor intenso e explosivos posicionados estrategicamente. A operação foi concluída em poucos segundos e envolveu a utilização de 250 quilos de explosivos, resultando na destruição de cerca de 14 mil toneladas de concreto.
O desabamento da ponte, ocorrido no dia 22 de dezembro, provocou a morte de 14 pessoas e deixou três desaparecidas, além de causar um impacto significativo na economia local. A região depende do transporte rodoviário de cargas pela BR-226, especialmente para o escoamento de produtos agrícolas como milho e soja, vindos de estados como Mato Grosso, Pará, Tocantins e Piauí. A interrupção do tráfego afetou diretamente a logística da região, gerando uma crise econômica.
Agora, após a implosão, as equipes do Dnit e o consórcio responsável pela construção da nova ponte darão início à limpeza da área e do Rio Tocantins. O prazo para a reconstrução da ponte é de um ano, com previsão de conclusão em dezembro de 2025. As autoridades destacam que os detritos resultantes da implosão não representam risco de poluição, e que a obra é essencial para a retomada da trafegabilidade e para a recuperação econômica da região.