A implosão das partes restantes da ponte Juscelino Kubitschek, que liga os estados do Tocantins e Maranhão, ocorrerá na tarde deste domingo (2). A estrutura, comprometida após o desabamento do vão central em 22 de dezembro de 2024, que resultou em 14 mortos e três desaparecidos, será destruída para permitir a construção de uma nova ponte até o final deste ano. Para a implosão, serão utilizados 250 kg de explosivos e a ação será realizada em etapas, com intervalos de três segundos entre os disparos. A operação, que deve durar cerca de 15 segundos, foi planejada para minimizar os danos à região e garantir a segurança das áreas próximas.
A demolição exigirá a evacuação de cerca de 200 residências localizadas entre os dois estados, com um perímetro de segurança de aproximadamente 2.000 metros em cada cidade. Os moradores das áreas afetadas serão levados para locais seguros e poderão retornar após a conclusão da implosão. A preparação da área envolveu o uso de técnicas para evitar que detritos caíssem no rio, onde ainda há três vítimas desaparecidas e produtos perigosos como ácido sulfúrico e agrotóxicos na água. As medidas visam proteger tanto as pessoas quanto o meio ambiente.
O engenheiro responsável pela implosão é Manoel Jorge Diniz, um especialista com décadas de experiência em grandes demolições. Ele já coordenou a destruição de várias estruturas históricas no Brasil, incluindo o presídio do Carandiru. A implosão da ponte é um passo necessário para a reconstrução da estrutura, que passará por uma obra emergencial e deve ser entregue em 22 de dezembro deste ano, marcando um ano do trágico acidente.