O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, afirmou que ainda é cedo para avaliar os impactos da política comercial adotada pelos Estados Unidos. Segundo ele, é difícil prever os efeitos dessa política no Brasil, uma vez que os detalhes ainda estão sendo compreendidos e o cenário futuro permanece incerto. Mello destacou que, apesar de ser possível construir cenários alternativos, é necessário mais tempo para entender como os desdobramentos se darão, especialmente no que diz respeito aos prazos e ao impacto setorial.
O secretário também ressaltou que, embora possam surgir efeitos setoriais devido às mudanças comerciais, os impactos macroeconômicos são mais difíceis de prever neste momento. Para ele, o cenário atual carece de clareza para que se possa determinar com precisão os possíveis resultados para a economia brasileira. A análise dos desdobramentos dessa política será mais detalhada conforme mais informações forem disponibilizadas nos próximos meses.
Do ponto de vista inflacionário, Mello avaliou que a composição do crescimento para 2025 será mais favorável, com um foco maior no agronegócio e um arrefecimento dos serviços. Esse equilíbrio deverá contribuir para um cenário econômico mais benigno, mas ele enfatizou que a evolução dessa dinâmica ainda depende de uma série de fatores internos e externos, exigindo acompanhamento contínuo.