Moradores da Praia do Futuro, em Fortaleza, enfrentam sérios danos causados pela maresia, um fenômeno natural caracterizado por névoa salgada que é transportada pelos ventos. A região, considerada a mais agressiva do mundo em termos de corrosão provocada pela maresia, sofre com a rápida deterioração de móveis, eletrodomésticos e ferramentas. Estudo da Universidade Federal do Ceará (UFC) mostrou que a concentração de íons cloro na área é mais que o dobro da observada em outras cidades brasileiras, além de ser extremamente superior a de locais internacionais, como a Espanha.
O impacto da maresia vai além dos danos materiais, afetando diretamente a vida dos moradores e empresários locais. Equipamentos como geladeiras, televisores e ferramentas de trabalho ficam enferrujados em poucos meses devido à alta concentração de sal no ar. Apesar das dificuldades, muitos residentes tentam minimizar os efeitos da corrosão por meio de práticas de manutenção constante, como o uso de produtos específicos para preservar os aparelhos e a limpeza frequente dos objetos metálicos. No entanto, o custo com manutenções é alto, o que representa um desafio financeiro contínuo para quem vive na região.
Apesar dos danos causados pela maresia, muitos moradores afirmam que os benefícios de viver perto da praia, como a tranquilidade e a vista para o mar, são motivos suficientes para lidar com os prejuízos. A região tem atraído cada vez mais empreendimentos e, embora a corrosão seja um obstáculo, a qualidade de vida e o ambiente natural continuam a ser grandes atrativos para quem escolhe morar na Praia do Futuro.