A Ilha da Xuxa, localizada no litoral do Espírito Santo, foi recentemente anunciada à venda por R$ 35 milhões. No entanto, a negociação envolve a transmissão do direito de uso do espaço e não a venda da ilha em si, que é de propriedade pública da União. A ilha tem 34.524,30 m², sendo que uma parte significativa da área, cerca de 49,6%, é aforada, ou seja, pertence ao governo, mas é cedida para uso de terceiros mediante taxas. As praias da ilha, por outro lado, são de acesso público.
A polêmica sobre a venda do espaço está relacionada às restrições de acesso e à utilização da ilha. O local já foi alvo de críticas devido à tentativa de impedir o acesso de banhistas, com segurança sendo acionado para controlar quem frequenta a área pública. Além disso, o Ministério Público Federal já entrou com ações contra o administrador da ilha por práticas que envolvem intimidação a visitantes. Contudo, o proprietário esclareceu que a área pública da ilha permanece livre para o público, desde que os visitantes respeitem as regras de conduta, como não levar alimentos ou resíduos.
A decisão de vender o direito de uso da ilha está relacionada ao desejo dos proprietários de passarem mais tempo fora do Brasil, devido à idade avançada. Apesar das polêmicas sobre a gestão do espaço, a ilha segue atrativa para investidores que buscam exclusividade em um local icônico do litoral capixaba. A advogada consultada no caso ressaltou que o processo de venda do direito de uso deve seguir as normas da Secretaria do Patrimônio da União, com envolvimento da Marinha e restrições ambientais.