No dia 2 de fevereiro, milhares de fiéis celebram Iemanjá, a rainha do mar, em diversas partes do Brasil, com destaque para as festividades no Rio de Janeiro e em Salvador. A divindade, originária da nação iorubá, é considerada a mãe de todos os orixás e está associada às águas, sendo reverenciada tanto em religiões afro-brasileiras, como o candomblé e a umbanda, quanto por pessoas que não seguem essas crenças. Suas celebrações envolvem oferendas, procissões e rituais, como o tradicional desfile da Associação Afoxé Filhos de Gandhi, no Rio de Janeiro, que inclui a entrega de flores a Iemanjá na Baía de Guanabara.
A mitologia de Iemanjá varia de acordo com a região, mas a figura da mãe de todos os orixás é comum a várias tradições. No Brasil, a figura de Iemanjá se mistura a outras representações, como a de Nossa Senhora e de Iara, integrando a cultura popular. Em algumas famílias, como a de Márcia Glória Lima, a devoção a Iemanjá é passada de geração em geração, consolidando a importância da divindade nas histórias pessoais dos fiéis. Para muitos, Iemanjá representa a força, o equilíbrio e o perdão, sendo uma figura universal respeitada por pessoas de diversas origens.
Além da devoção religiosa, Iemanjá também é celebrada no âmbito cultural e social. O Dia de Iemanjá, com suas manifestações de fé e tradição, representa um momento importante de preservação da cultura afro-brasileira, como evidenciado nas celebrações promovidas pelos Filhos de Gandhi, uma das associações mais tradicionais no Rio de Janeiro. Com mais de sete décadas de história, essa organização preserva os rituais e o legado cultural negro, destacando a relevância da figura de Iemanjá não apenas para os fiéis, mas também para a identidade e a memória histórica da cidade.