O Ibovespa teve um dia negativo, caindo 1,69% e fechando aos 124.380,21 pontos. Esse movimento veio após dois dias de ganhos, e o índice apresentou um giro de R$ 55,8 bilhões em um dia de vencimento de opções sobre o índice. As perdas foram lideradas por ações como Hapvida, CSN Mineração e CVC, enquanto Carrefour Brasil, Vamos e TIM tiveram desempenhos positivos. A queda do índice foi a maior desde 18 de dezembro do ano passado, com as blue chips também registrando desvalorização, especialmente Bradesco e Petrobras, que sentiram os efeitos da queda no preço do petróleo.
O cenário global também exerceu influência significativa sobre os mercados. Os dados de inflação dos Estados Unidos, com um aumento de 0,5% no índice de preços ao consumidor (CPI) em janeiro, superaram as expectativas do mercado. O avanço de 3,0% em relação ao mesmo mês de 2024 alimentou a perspectiva de que o Federal Reserve (Fed) não deve reduzir as taxas de juros no curto prazo, mantendo uma postura mais conservadora. A análise sugere que a taxa básica de juros neutra dos EUA pode precisar ser mais alta, dado o cenário de inflação e estabilidade no mercado de trabalho.
No Brasil, as projeções para o futuro da inflação nos Estados Unidos indicam que o Fed pode adotar uma política mais cautelosa, esperando os próximos dados econômicos antes de tomar novas decisões. O economista Gustavo Sung apontou que, caso não ocorram grandes choques, a inflação pode desacelerar em 2025, permitindo ao Fed retomar os cortes nas taxas de juros. Dessa forma, a tendência é de uma economia americana mais estável, com o foco no controle da inflação e ajustes graduais na política monetária.