O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) está enfrentando sérios desafios no licenciamento de petróleo, com apenas três equipes disponíveis para atuar no processo de perfuração na Foz do Amazonas. O número de servidores alocados na área é insuficiente, com cerca de 290 profissionais, enquanto o ideal seria o dobro, de acordo com a Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente. O Ibama admite que o quadro atual de servidores na Diretoria de Licenciamento Ambiental é menor do que o estipulado na estrutura do órgão, refletindo uma carência de recursos humanos para lidar com a demanda de processos ambientais no país.
A falta de pessoal é apontada como um dos principais obstáculos para a análise eficiente e sem atrasos de projetos relacionados ao setor de petróleo. Durante o governo Bolsonaro, o Ibama passou por um processo de desestruturação, resultando em um número elevado de vagas ociosas. Apesar disso, o órgão está implementando medidas para fortalecer sua equipe, com a realização de concursos públicos para contratar novos analistas ambientais e administrativos. Além disso, está em andamento um processo seletivo simplificado para a admissão de servidores temporários, com foco em demandas estratégicas.
Embora o Ibama enfrente dificuldades internas, como a pressão política e a complexidade das análises ambientais, a gestão atual do órgão tenta garantir que os processos de licenciamento sejam conduzidos com rigor técnico. O presidente Lula, em visita ao Amapá, procurou minimizar as críticas sobre as pressões sofridas pelo Ibama e reforçou seu compromisso com a responsabilidade ambiental, sem abrir espaço para “loucuras ambientais.”