Rodrigo Agostinho, presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), lamentou a decisão do governo dos Estados Unidos de suspender a parceria com o Brasil no treinamento de agentes para combate a incêndios florestais. A medida foi tomada no início de 2025 e afeta o Programa de Manejo Florestal e Prevenção de Incêndios no Brasil, uma colaboração com a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e o Serviço Florestal dos EUA (USFS). Apesar da suspensão, Agostinho destacou que o corte não impactará o financiamento das ações de combate a incêndios, uma vez que o programa envolvia capacitação, não recursos diretos para as operações.
O presidente do Ibama explicou que a interrupção das parcerias não comprometerá o trabalho do órgão, pois o combate aos incêndios florestais é financiado integralmente com recursos federais. Os programas com a USAID eram voltados para a capacitação de brigadistas, com intercâmbio de conhecimento e treinamento em outros países, sem envolver transferências de verba para as ações de combate a incêndios. A colaboração entre os dois países, embora valiosa, não era fundamental para o orçamento das atividades do Ibama.
O Brasil, por sua vez, continua mantendo parcerias com outros países, especialmente com aqueles que fazem parte da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). O Ibama segue buscando apoio internacional para enfrentar o desafio das queimadas, destacando que a proteção da Amazônia exige uma atuação integrada, sem barreiras políticas, e que a cooperação entre as nações continua sendo crucial para a preservação ambiental.