O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) afirmou que a suspensão da ajuda financeira dos Estados Unidos não terá impacto direto nas ações de combate aos incêndios florestais no Brasil. A decisão foi anunciada após um decreto do presidente Donald Trump, que suspendeu por 90 dias a assistência internacional para avaliar sua eficácia e alinhamento com a política externa dos EUA. A ajuda suspensa incluía o Programa de Manejo Florestal e Prevenção de Incêndios, que envolvia o Serviço Florestal dos EUA e diversas instituições brasileiras, como o Ibama e a Funai.
De acordo com o Ibama, a interrupção dos recursos estrangeiros acarreta prejuízos técnicos, especialmente no que se refere à reestruturação de instituições e à capacitação de profissionais. No entanto, o órgão ressaltou que as ações de prevenção e combate aos incêndios continuam a ser realizadas com recursos do orçamento da União, sem depender de aportes externos. A suspensão não afetará, portanto, a execução de medidas prioritárias para o enfrentamento dos incêndios no país.
As atividades e reuniões programadas no âmbito do programa de cooperação estão sendo avaliadas pelas entidades envolvidas. Algumas delas podem ser mantidas ou remarcadas, porém sem a participação do Serviço Florestal dos EUA, como inicialmente previsto. O Ibama reiterou que a capacidade de combate aos incêndios florestais no Brasil permanece intacta, uma vez que o financiamento interno é suficiente para as operações.