O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) foi eleito presidente da Câmara dos Deputados para o biênio 2025-2026, obtendo 444 votos. Ele venceu os adversários Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) e Marcel van Hattem (Novo-RS), que receberam 22 e 31 votos, respectivamente. O número de votantes foi influenciado por um acordo entre 17 partidos que apoiaram Motta, incluindo desde o PT até o PL. Apesar de não ter alcançado o recorde de Arthur Lira, que obteve 464 votos em 2023, Motta se destacou pela ampla coalizão de apoio.
Motta, que iniciou sua carreira política ainda jovem, tem um histórico de protagonismo no Congresso, tendo presidido a CPI da Petrobras em 2015 e desempenhado papel chave no Orçamento de Guerra em 2020. Sua candidatura à presidência da Câmara foi impulsionada por uma articulação do então presidente Lira, que lançou o nome de Motta como sucessor. Durante sua campanha, Motta se comprometeu a priorizar o diálogo e fortalecer o Poder Legislativo, além de lidar com pautas polêmicas, como o projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.
Agora à frente da Casa, Motta entra em um cenário de estabilidade política, com foco na aprovação do orçamento e outros projetos de impacto, como a regulação das redes sociais e a reforma tributária. Embora inicialmente tenha menos poderes do que seu antecessor, Lira, Motta tende a ganhar mais influência à medida que avançam as negociações no Congresso. A gestão de Motta é vista como uma oportunidade de consolidar a relação entre a Câmara e o governo federal, com expectativas de uma atuação mais equilibrada e colaborativa.