O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, afirmou que busca um entendimento com o Senado e o Supremo Tribunal Federal (STF) para aumentar o número de vagas na Câmara com base nos dados do Censo Demográfico de 2022. A proposta é de um acréscimo de 14 vagas, elevando o total de deputados de 513 para 527. A mudança visa uma reavaliação do número de parlamentares por estado, conforme determinação do STF, que exige a revisão até junho deste ano.
Segundo os dados do Censo, alguns estados seriam beneficiados com o aumento de cadeiras, como Pará, Santa Catarina e Amazonas, enquanto outros perderiam representatividade, como Rio de Janeiro, Bahia e Paraíba. Motta defendeu que a principal questão é evitar a perda de assentos, uma vez que isso poderia impactar a representação política e o orçamento de estados que enfrentam uma diminuição no número de parlamentares.
Atualmente, tramita um projeto de lei complementar que busca atualizar as cadeiras da Câmara com base no Censo de 2022, mas a proposta de Motta, ao contrário do projeto original, não prevê perdas para estados. A proposta tem o apoio de deputados do Rio de Janeiro, que seriam diretamente afetados pela redistribuição das vagas conforme os novos dados. A ideia de evitar a redução de cadeiras e garantir maior representatividade é vista como crucial para equilibrar as demandas regionais.